Profundezas



Carrego em mim
Uma  melancolia
Uma  janela  fechada em dias  frios
O som  agudo que  sai  dos  violinos
A  natureza  bruta das  montanhas
O  silêncio   dos  abismos

Não me  entristece o que  sinto
Suponho apenas 
Que  no  mergulho  dessas  águas  profundas
Onde sei  respirar
Ancoro minhas  dúvidas  e  certezas
E, num  outro  momento,
Em direção  ao  sol  da  superfície
Sou  guiada  a retornar.

2 comentários:

Flavia disse...

" Emergência

Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
– para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado."

Mario Quintana

Maria Regina de Souza disse...

Obrigada Flávia pela leitura e pelo olhar poético, dádiva de poucos.

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