Carrego em mim
Uma melancolia
Uma janela fechada em dias frios
O som agudo que sai dos violinos
A natureza bruta das montanhas
O silêncio dos abismos
Não me entristece o que sinto
Suponho apenas
Que no mergulho dessas águas profundas
Onde sei respirar
Ancoro minhas dúvidas e certezas
E, num outro momento,
Em direção ao sol da superfície
Sou guiada a retornar.